26.8.09

Me faz acreditar que todas alucinações são tangíveis, me cospe na cara todos os teus pecados, me rouba todos os espaços, violenta meu pudor, torne teus desejos meu vício, me faz tua... me deixe em carne viva!

17.8.09

Um monólogo entre duas pessoas

Entre falas dramáticas, exorcizando demônios, assassinamos nossos desejos diariamente. Alterar ou anular os sentimentos. (?) Extraordinários putos inconformados somos. Suportando a dor e sufocando-a. E ainda assim, criamos perspectivas. Dos dramas, (des)amores. Tirar a essência do sofrimento, sua matéria. Extrair tudo. Não precisamos nos esconder atrás de falsos sorrisos. Não precisamos sentir dor. Não precisamos sentir, só quando nos convêm.
De um resto de pudor a desníveis de loucura, falávamos. E tudo que nos separava era uma mesa, nossa carne cansada, a fumaça dos cigarros.

Das cores ausentes, abstinência.

13.8.09

No dia seguinte...

Olhos inchados de tanto chorar, coração partido pelo chão, em mãos seu relicário. Uma dose diária de tudo aquilo que prometeu a si nunca mais reavivar. Quantas vezes mais?
Por que esconder teu sofrimento? (Será que alguma vez você sofreu?) Te dei esse musculo que pulsa - um dia chamei de coração... e o resto de mim. Em troca, teu sarcasmo, teu silêncio, teu desprezo. Você está na minha frente, e eu estou gritando!
Sempre achei que você fosse me sufocar até meu último suspiro. Agora, eu posso respirar.

12.8.09

Rasgar o peito e arrancar todas essas lembranças desnecessárias. Não há razões para sentimentos. Quantas vezes mais? E ainda não consigo dizer adeus...