28.5.08

Adaptação

Pelas noites garrafas espelhadas, olhares dispersos, companhias clichês.
Democracia estampada nos muros, desejos reprimidos, todos iguais apenas no papel.
Entregue a emoções desconhecidas, sentidos inquietos, querer tudo num instante.
Vidas roubadas, liberdade não vale grande coisa, patriotas seguem regras da sociedade.
Saciar o que nos consome por fora, modificar a essência, manter sutil integridade.
Guerras em prol da revolação, sonhos anulados, a realidade não é tão importante.
Buscando felicidade em drogas injetáveis, promessas esquecidas, dores aliviadas.
Miséria acomodada nas ruas, aprimorar o próximo discurso político, aceitar as falhas.
Entre bebidas baratas, mentiras mal contadas, sentir o prazer que nunca se teve.
Relevar os erros, se conformar com o caos, afinal nos adaptamos a qualquer situação.

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